Federação Espanhola aplica punição à zagueira do Barcelona por conduta considerada inaceitável contra jogadora do Espanyol
A Federação Espanhola de Futebol puniu a zagueira do Barcelona, Mapi León, com dois jogos de suspensão após um episódio controverso ocorrido em 9 de fevereiro, durante a 18ª rodada do Campeonato Espanhol feminino, contra o Espanyol. A jogadora foi flagrada tocando as partes íntimas da adversária Daniela Caracas e questionando se ela “tinha pênis”. O ato gerou ampla repercussão negativa.
A suspensão foi confirmada pelo próprio Barcelona no domingo (13/4), antes da partida contra o Atlético de Madrid, quando o clube anunciou o desfalque da atleta como cumprimento da primeira parte da pena.
Repercussão e resposta do Espanyol
A cena, que ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa europeia, foi classificada como “violação da privacidade” pela equipe do Espanyol. Em nota oficial, o clube afirmou que acionou seu departamento jurídico e se colocou à disposição de Daniela Caracas, caso ela opte por processar a atleta rival.
“Durante uma disputa, a jogadora María Pilar León violou a privacidade de nossa atleta. Caracas não reagiu no momento por conta do choque, mas reconheceu a gravidade do gesto posteriormente”, afirmou o Espanyol.
O clube também destacou a postura contida da jogadora colombiana, que evitou reações imediatas para não prejudicar o time com possíveis sanções.
Clima de tensão e debate sobre conduta esportiva
O caso reacende o debate sobre limites de conduta dentro de campo, especialmente no futebol feminino, que tem ganhado crescente visibilidade e exige padrões éticos cada vez mais rígidos. Apesar de negar ter cometido assédio, Mapi León foi responsabilizada pela federação espanhola, reforçando que gestos que invadam a integridade física e emocional de colegas de profissão não serão tolerados.
A punição da jogadora do Barcelona serve como um marco simbólico de que atitudes dessa natureza, mesmo em contextos de tensão durante partidas, precisam ser coibidas com firmeza.